terça-feira, maio 29, 2007

Socorro!

Alguém aqui no trabalho precisa urgentemente de um banho!
Menos mal que eu não sento no mesmo 'cubículo' que a tal pessoa, ou eu já tinha desmaiado ou mandado tomar banho!

Como diz o Rhaoni, não sou obrigada!

domingo, maio 27, 2007

O vizinho

Uma coisa eu já reparei: quem mora na Finlândia tem 99% de chances de ter um vizinho pentelho - ou punheta, como carinhosamente já apelidamos os tais vizinhos. O meu mora no andar debaixo, para ser mais exata, debaixo da minha sala de estar. E suas manifestações começaram em dezembro do ano passado.

O meu vizinho punheta não podia ser diferente dos demais: 100% intolerante a qualquer barulho. Mas o meu, diferente dos demais que já ouvi falar, tem um jeitinho todo próprio de reclamar. Cada vez que a gente deixa cair algo no chão, ou arrasta a cadeira, ou quando uma gata pula da mesa para o chão, ele bate no teto do apê dele com tanta força que o prédio até treme.

No começo eu até fiquei preocupada, pois a primeira vez que reparei no piti já era umas 11 da noite. Depois percebi que a hora não importa. Não dá sequer para fazer faxina no meio do dia que lá está ele, batendo no teto.

Pois é, se no começo eu fiquei preocupada, agora eu quase tenho ataques de gargalhada quando ele se manifesta. Aliás, a resposta dele ao barulho é tão imediata que eu já me peguei imaginando o apê dele com todo um sistema de roldanas no teto, com uma marreta na ponta, para tornar mais fácil o ato de reclamar.

Mas o mais divertido mesmo é quando ele grita. Se você não conhece nenhum palavrão em finlandês, passe aqui em casa, dê um passo com um pouco mais de força na sala e em questão de segundos você vai ouvir todos!

Mas como a Priscilla diz (sim, ela também tem um vizinho punheta): quer silêncio total, compra uma casa! Ou então aprende a viver em sociedade!

***

As fotos do casamento eu vou ficar devendo. Eu me esqueci de algumas lições que a vida já tinha me ensinado e exagerei na bebida. Lá pelas tantas tive que pedir pro Jarkko me levar pro carro e apaguei. Em compensação, nunca falei finlandês tão bem. Acho que é por isso que esse povo bebe tanto: deve ser pré-requisito pra aprender a língua.

Beijos e boa semana,
Lu

sábado, maio 19, 2007

Comentários

Ué, gente. Não tô entendendo porque vocês não conseguem postar. Eu postei como anônimo, como outro usuário e com a conta do Google. Deve ser um problema operacional - problema de quem opera o computador =D

Hoje tô indo a um casamento numa das muitas ilhas no sul da Finlândia. Só torço pro vento dar uma trégua e pro tempo não ficar tão frio. É, metade de maio e anda está frio aqui. Às vezes o sol até tenta esquentar, mas a ventania tá de matar. E o meu problema é que eu só tenho roupa de festa para temperaturas tropicais; não tenho roupa de festa para clima ártico. Pelo menos a festa vai ser em ambiente fechado. Só saio de lá pra entrar no carro.


Local do casamento (www.eniro.fi). Tenho que parar isso aqui e ir me arrumar, que a viagem é longa.

Quando voltar, coloco umas fotos aqui.

Beijos,
Lu

sábado, maio 12, 2007

Ouvido mouco?

É engraçado como nossos ouvidos são treinados para ouvir (ou não) os sons.

Outro dia fui ensinar para o Jarkko as palavras vovô e vovó e ele simplesmente não ouve a diferença entre as duas palavras. E quando tenta falar, acaba saindo uma única palavra, que é uma coisa entre vovô e vovó.

E eu, por outro lado, raramente escuto as letras dobradas no finlandês. Sim, porque mato é verme (ou algo do gênero) e matto é tapete, tuli é fogo e tulli é alfândega, meri é mar e Meeri é nome de mulher.

Situação parecida acontece quanto vamos falar algo que com que a nossa boca não está acostumada. Sempre que tenho que falar uma palavra com letras dobradas, o resultado não é natural. E, se tem ä, ö ou y no meio, a coisa só piora. É como estrangeiro falando coração ou José; o nosso til não é fácil para quem não fala português desde criança e o j sempre acaba saindo com um quê de z.

A fonética do português também acaba por dificultar minha vida no final das palavras. No português, e e o no final das palavras têm som de i e u. Para os finlandeses, e e o têm sempre o mesmo som, não importa em que parte da palavra eles estão. Quer sentir o problema? Pannu é chaleira, pano é depósito (mas também é uma forma não muito legal de dizer foda, transa). E eu tenho certeza que, sempre que quero dizer qualquer uma das duas palavras, acabo por dizer panu, que, no final das contas, não quer dizer nada!

Um bom final de semana para todos!
Beijos,
Lu

quarta-feira, maio 09, 2007

As novidades

Para começar, troquei de emprego. O trabalho em si é o mesmo, continuo testando softwares. Só que troquei de empresa, fui para uma maior. Mudei porque meu contrato anterior, assim como o atual, era baseado em horas trabalhadas, ou seja, eu trabalhava quando eles precisavam de mim. No emprego antigo quase não tinha trabalho, então meu salário vinha miudinho. Na empresa atual tem trabalho até dizer chega. Já fui trabalhar, inclusive, 2 sábados e 2 domingos - domingo paga 300% o valor da hora trabalhada! Então tô assim, trabalhando muito, mas juntando uma graninha.

Por um lado perco umas coisas, como a feijoada da Lidi no sábado passado. Neguinho se divertindo e comendo bem em Helsinki e eu ralando e comendo pão com queijo em Tampere.

Por outro lado, a graninha extra já tem destino certo. Eu e o Jarkko estamos comprando 2 lotes em Mouhijärvi (os amarelinhos).



Quando a gente visitou os lotes, de cara falei com o Jarkko que a gente poderia comprar os dois, já que o preço é bem acessível. Daí a gente ficava com um terrenão. Só que o Jarkko explicou que, quando a cidade vende um lote, ela te dá um prazo de 3 anos para começar a construir. Caso contrário, você é obrigado a vender o terreno de volta para a cidade. Isso porque eles querem as pessoas mudem para lá, aumentando a renda da cidade. Concordamos, então, que o terreno de esquina estava de bom tamanho.

Quando o Jarkko foi à prefeitura dizer que estava interessado no lote, foi informado que a prefeitura estava pensando em juntar os dois lotes, já que um deles é bem inclinado e tem bastante pedra, o que encarece a construção. Conseguimos, então, autorização para comprar os dois lotes e construir em apena um deles, no de esquina.

O legal do lote é que ele tem uma inclinação razoável e é voltado para o sul, ou seja, toma sol o ano inteiro. Sim, lembrem-se de que aqui, quase pólo norte, o sol está sempre ao sul. O lado norte de qualquer coisa jámais verá o sol. A área em frente ao lote, na parte sul, aparentemente é uma área verde (tá verdinha no mapa), então ninguém vai construir e tampar nosso sol. Além disso, o terreno fica a menos de 1 km da escola onde o Jarkko trabalha.

Agora é ver se consigo um contrato mais longo, quiçá permantente, para poder começar a construir. Daí eu eu o Jarkko trocamos os hábitos: ele vai a pé para o trabalho e eu dirijo os 50km de ida e 50km de volta entre Mouhijärvi e Tampere.

Outra grande novidade que chegou hoje é que o Thiago foi aceito para o mestrado na Universidade de Tampere! Vou ter o irmãozinho por perto por pelo menos 2 anos!!!

Mais tarde volto para contar mais. Grey's Anatomy está começando e o Jarkko tá aqui esperando para jogar poker.

Beijos,
Lu

Correção: A prefeitura ainda não decidiu se podemos comprar os dois terrenos. O Jarkko leu e entedeu errado. E olha que ele é fluente em finlandês!


sábado, maio 05, 2007

Começar de novo!

Porque o outro blog tá parado há tempos.

Porque finalmente entrei numa nova fase da minha vida.

Porque, devido à nova fase, provavelmente vou cancelar a Globo.com e não sei o que vai acontecer com o blog antigo.

Porque tô com um tempinho sobrando aqui no serviço e resolvi botar a mão na massa.


Porque eu quero!